quinta-feira, 19 de abril de 2012

19 de Abril - Dia do Índio



Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, encontraram uma natureza exuberante e um povo nativo muito diferente do europeu.
Como acreditavam ter chegado à Índia, que era o destino de sua viagem, apelidaram este povo de Índio. Para os colonizadores europeus, todos os nativos eram índios.
Essa generalização proposital favoreceu a dominação destes povos. Na verdade existiam muitas nações, etnias e grupos diferentes.
Estes grupos formavam um universo completamente heterogêneo, disputavam territórios, e possuíam cultura e idiomas próprios.
No início, os europeus se aproveitaram desta diversidade e usaram o índio como aliado. Porém, logo decidiram torná-lo escravo e, nesta luta, inúmeras populações foram praticamente dizimadas.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no Brasil vivem hoje cerca de 345 mil índios, distribuídos entre 215 sociedades indígenas. Estes números representam cerca de 0,2% da população brasileira.
Estes dados referem-se apenas àqueles indígenas que vivem em reservas. De acordo com a FUNAI, há estimativas de que um número entre 100 e 190 mil, vivam hoje fora das aldeias indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também indícios da existência de aproximadamente 53 grupos ainda não contatados.

Dia do Índio foi instituído em 1940, durante o I Congresso Indigenista Interamericano, no México. No Brasil, a data passou a valer a partir de 1943, por decreto do então presidente Getúlio Vargas, depois da insistência do Marechal Cândido Rondon, um dos primeiros a se preocupar com esta questão no país.
A realidade indígena hoje é diferente de quando eles eram os donos desta terra. Obrigados a viver em áreas cada vez menores, os índios foram, gradativamente, perdendo seus hábitos e costumes.
O contato com o homem branco contribui para esta aculturação, além de trazer doenças e outros males para dentro das aldeias. Muitos índios buscaram fugir da miséria migrando para os grandes centros urbanos. Mas, vítimas de preconceito e sem conseguir se integrar, transformaram-se em indigentes.
Um triste jogo de palavras que em nada lembra os tempos gloriosos de guerreiros e caçadas.

A distribuição das terras indígenas ainda é um dos grandes problemas enfrentados por eles. A terra de seu povo não é apenas suporte para a vida material, meio de subsistência ou fator de produção, mas também referencial a seu mundo simbólico. Todas as dimensões da vida de um povo indígena têm por base seu território físico.
Assim como a terra, a cultura de um povo é um código simbólico, compartilhado por todos os homens, mulheres e crianças do mesmo grupo social.
É por meio da cultura que todas as pessoas atribuem significado ao mundo e às suas vidas, pensam suas experiências diárias e projetam seu futuro.
Há muitas décadas os índios têm enfrentado o desafio de sobreviver de acordo com suas tradições, interagindo com a sociedade brasileira. Vêm selecionando e incorporando a sua cultura e valores às novas necessidades dessa relação.
Os povos indígenas vivem o tempo presente e constróem o futuro de seus filhos, na certeza de que ações políticas e ideológicas voltadas para os problemas gerais dos índios estão sendo unificadas e que suas reivindicações serão ouvidas, protegidas e respeitadas.
O que nós desejamos, enquanto Instituto Escolar,  é que cada um de nós reflita sobre a forma de encaminhar a ação indigenista e, principalmente, busquemos condições de discutí-la de maneira mais eficaz com os principais interessados – os índios.

EQUIPE PEDAGÓGICA PIRIM PLIN PLIN.

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