quarta-feira, 18 de abril de 2012

18 de Abril - Dia Nacional do Livro Infantil


Em 18 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data reforça a importância de estimular o hábito de ler logo nos primeiros meses de vida e, principalmente, durante toda a infância. Este é o momento ideal para que os pequenos adquiram o gosto pela leitura, uma vez que, até os dois anos de idade, o desenvolvimento cerebral das crianças ocorre de forma acelerada e, por isso, a leitura é importante para o crescimento saudável. 


 
Para os recém-nascidos, a indicação é de livros com palavras simples e alto relevo – características que contribuam para o toque e atividades lúdicas. Nos anos seguintes, a sugestão é de obras com temas relacionados ao cotidiano e de interesse de cada faixa etária. Esta relação inicial também contribui para que as crianças aprendam a se expressar de forma correta, seja por meio da escrita ou fala. “Neste sentido, vale ressaltar também a importância dos livros como apoio para a alfabetização e a possibilidade de serem utilizados além das histórias impressas, como brinquedos”, explica a diretora Maria Angélica Nogueira de Souza Ferreira.

Monteiro Lobato já dizia, “um país se faz com homens e com livros”. Quem é que não se lembra da Narizinho, a menina do nariz arrebitado, ou então da Emília, a boneca falante? Esses são só alguns dos personagens criados pelo autor que marcou gerações. A data foi instituída para homenagear Lobato, e também, para incentivar as crianças a lerem.

Mesmo sem saber ler a criança pode começar a folhear os livros e revistas, “por mais que a criança não saiba ler, quando ela entra em contato com o mundo da leitura e da escrita ela já está fazendo uma leitura ao folhear, que é o que a gente chama de leitura visual. Tanto é que tem livro que só tem ilustrações, a criança vai criar a sua história, vai imaginar uma história perante aquela imagem”, explica a Diretora da Pirim Plin Plin.Para que se garanta o gosto pela leitura desde cedo, a pedagoga Juliana Perazzolo orienta que “desde o ventre materno já é interessante que a mãe já faça o uso de histórias para o filho”. E após o nascimento, os pais devem continuar com a leitura de histórias, além de estimular a criança, o momento aproxima os pais dos filhos.
Segundo a pedagoga, os brasileiros ainda não têm o hábito da leitura, é um dos países que menos leem livros, “lemos uma média de um livro, três livros no máximo, enquanto que nos países de primeiro mundo a média de leitura é de cinco a sete livros anualmente”. Por isso é necessário o incentivo da leitura para as crianças.

Mas também existem suas exceções, crianças que recebem o incentivo descobrem o prazer da leitura desde cedo.
“A criança que lê pronuncia melhor as palavras, se comunica melhor, desenvolve a criatividade e a imaginação”, garante Angélica. Mesmo na era digital é possível instigar a leituraum incentivo são os e-books, livros feitos para computadores ou tablets. “Vejo como um facilitador, muitos não dispõem de recursos financeiros suficientes para adquirir um livro, o valor no Brasil não é muito acessível. O fato de ter os livros disponibilizados on-line é uma forma mais barata da vinculação do processo de incentivo a leitura”, conclui.
De acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada em 2011 e divulgada no mês passado pelo Instituto Pró-Livro e Ibope Inteligência, os brasileirinhos estão lendo cada vez menos. O estudo revela que em 2007, a média de leitura foi de 6,9 livros entre crianças de 5 a 10 anos. No estudo recente, a média caiu para 5,4 por leitores da mesma faixa etária.
 
Apesar dos resultados preocupantes, existe uma parcela da população que ainda vê a leitura como uma prática prazerosa desde a infância. Acima da média, Cíntia Alves Cruz, estudante do 3º ano da Escola Municipal Água Fresca, é um caso que foge às pesquisas. Aos 8 anos, ela conta que já leu aproximadamente 12 livros desde fevereiro – só não leu mais porque janeiro é mês de férias escolares.
 
Cíntia conta que desde os cinco anos cultiva o hábito de ler livros, quando fazia o 2º período escolar. A primeira obra apreciada foi Voar não é tudo, que conta a história de um sapo que tinha o sonho de voar, mas não conseguiu. “Foi meu pai quem me deu”, resume, destacando que este foi o primeiro estímulo para criar o gosto pela leitura. Em casa, a estudante convive com um ambiente favorável onde o pai, José Paulino Alves, sempre assina jornais e a mãe, Marlene Alves, vive rodeada de revistas.

 
A menina revela: “Quando eu tinha uns dois anos, queria muito aprender a ler e a minha mãe lia a Bíblia infantil antes de eu dormir”. Integrante de uma geração adepta aos eletrônicos, Cíntia conta que prefere se divertir com uma obra literária do que navegar pela web, pois “o livro é mais legal; a gente pode levar para qualquer lugar”, conta, com desenvoltura.
 
Autores mais lidos
 A literatura infanto-juvenil corresponde de 30% a 40% em comparação às obras destinadas a adultos. Entre os autores brasileiros mais lidos, estão Monteiro Lobato,Carlos Drummond de Andrade, Ruth Rocha, Luiz Fernando Veríssimo e Ziraldo. Escritores estrangeiros, além de jornais e revistas, também são muito procurados pelos pequenos usuários em Biblioteca.
Faça como nós da Plin Plin, incentive desde cedo seu filho(a) a ler, a viajar nas maravilhas e fascinantes páginas de um livro.



Equipe Pedagógica Pirim Plin Plin.

Um comentário:

  1. Ótimo post. Parabéns as profissionais atentas e presentes do Pirim Plin Plin.

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